sexta-feira, 3 de novembro de 2017

a casa amarela no flama


resenha de escobar franelas

O primeiro convite do ensaísta Marcos Aurelio Marques e do poeta Carlos Moreira ao Akira Yamasaki foi feito em 2013. Eles organizavam àquela época a primeira edição do FLAMA - Festival Literário da Amazônia e convidaram Akira (que é poeta e produtor cultural, atuando fortemente na região leste da cidade de São Paulo), para participar do evento. Questões de agenda impediram a viagem naquele ano, e somente agora, na terceira edição do projeto, foi viabilizada.
Akira e Sueli Kimura (educadora e musa do poeta), convidaram a poeta Rosinha Morais (Guarulhos) e eu, para que participássemos também. E, convidados a discorrer sobre A Casa Amarela - Espaço Cultural, elaboramos uma apresentação interativa, batizada "A experiência cultural de São Miguel Paulista (1978-2017) - MPA e Casa Amarela".
Foi assim que chegamos a Porto Velho na madrugada do dia 2 de outubro.
A atividade ocorreu na tarde do dia 3 no Espaço Cujuba, criado e mantido pelo poeta e músico Don Lauro. Na oportunidade, fizemos uma vivência física orientada por Sueli Kimura. Logo depois, fizemos uma leitura de poemas produzidos nas décadas de 1970/80, por poetas de São Miguel. Após isso, explanamos sobre o Movimento Popular de Arte (MPA), a atualidade cultural local através dos saraus e slams (batalhas de poesia falada) e as motivações que norteiam a criação e atividades desenvolvidas pel´A Casa Amarela - Espaço Cultural. Também foram lidas poesias das safras mais recentes, contextualizando o período atual. Poetas locais - inclusive Don Lauro - também interagiram e apresentaram poemas e músicas, complementando o clima de sarau.
Na noite do mesmo dia 3, Akira lançou seu segundo e mais recente livro, Oliveiras Blues, no Teatro Banzeiros. Ele próprio, Rosinha Morais e eu fizemos leituras de alguns poemas que compõem a obra que, como sugere o título, presta homenagem ao Jardim das Oliveiras, vila onde o poeta reside desde a década de 1960, que fica no bairro Itaim Paulista, ao lado de São Miguel, na periferia de Sampa.
Visitas e passeios, troca de ideias e experiências, e uma profunda interação com artistas das mais diferenes expressões de Porto Velho, permitiram que a experiência de ter participado da 3ª edição do FLAMA indique alguns caminhos possíveis para a poesia e a literatura geral. Todos lucram com isso: Porto Velho, São Miguel Paulista, o Brasil e o mundo. E a vida, novos contornos e cores.


Escobar Franelas.




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