o blablablá da casa amarela de sábado passado -
26/03, que discutiu o tema arte e educação nos dias de hoje e teve como
debatedores os brilhantes e inquietantes valter de almeida costa,
educador e professor de história, e érico alves de almeida, artista
plástico, devidamente mediados com a competência de sempre por escobar
franelas, produziu na minha cabeça mais de cem dúvidas para cada certeza
alcançada.
da riquíssima discussão, que durou cerca de quatro hora
s,
proporcionada por todos os presentes ao evento - cerca de quarenta
pessoas, uma grata surpresa considerando o feriado prolongado, sobre o
papel da educação e da arte quando estamos às vésperas do impeachment da
dilma e o país parece caminhar em direção à escuridão e divisão movido
pelo ódio político, restou para mim uma impressão que me deixou meio
assustado quando a conversa descambou para a questão da luta de classes.
falando da arte que é feita aqui nas quebradas de são miguel paulista
conheço vários grupos/coletivos de arte e cultura que atuam na região,
cada um com seus focos e interesses claramente definidos que compõem um
amplo painel de diversidades que passa por questões como as artísticas e
culturais, raciais, religiosas, de gênero e outros, onde todos eles tem
em comum a reflexão, o inconformismo e a contestação às situações e
poderes estabelecidos.
alguma coisa não colou direito aqui à luz
das discussões permeadas pelos conceitos e chavões da luta de classes
porque talvez todos estes coletivos tenham em comum um mesmo inimigo mas
não tem como identificá-lo, talvez porque o que esteja em jogo no
brasil de hoje não seja os ideários da esquerda e da direita e tudo não
passe de simples luta pelo poder já que não enxergo diferenças entre os
partidos e a questão da luta de classes seja uma falsa questão neste
momento histórico.
mais de cem dúvidas para cada certeza
alcançada. haverá uma nova esquerda a ser inventada que consiga
harmonizar as diferenças e diversidades sob um mesmo guarda-chuva?
akira - 30/03/2016.
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