domingo, 11 de maio de 2014

sarau da casa amarela de abril, uma resenha de andréia gomes


No dia 13/04 aconteceu mais um SARAU na Casa Amarela que é um Espaço Cultural localizado em São Miguel Paulista.
A Casa Amarela tornou-se um ambiente diferenciado pela sua busca constante em promover eventos com qualidade, rico em conteúdo e bom senso.
O homenageado do respectivo evento foi  Vlado  Lima, músico e autor do livro de poemas Pop Para-Choque. Vlado Lima é conhecido pelo seu jeito irreverente e descontraído de ser, que envolve as pessoas num ambiente prazeroso de risos, cantos e alegria.
Crítico, ele conduz de uma forma sutil, todos ao seu redor a um embalo gostoso de sátiras e sarcasmos, porém, sem maldade no olhar e com muito carisma nos gestos.
Após apresentar sua obra como autor, Vlado Lima tocou e cantou acompanhado de Edu Tiba a música Ei Macoñero. Uma ilária e gostosa apresentação muito bem trabalhada pelos dois artisas, cuja qualificação tornou-se inquestionável.
Foi assim que, iniciou-se o sarau naquela tarde de domingo.
A partir daí, foi um show de talentos. Apresentaram o grupo musical URURAÍ, que encantou a todos com a excelência no canto, na postura, na simpatia e no talento nato expressado em cada um.
Akira Yamasaki, coordenador da Casa Amarela, escritor extremamente qualificado e de conduta impecável, escreveu em seu blog: “Ururaí é um lendário grupo musical vocal que existiu com várias formações no bairro do Itaim Paulista, no período de 1994 a 2012, quando deixou em seu rastro uma aura de encanto e deslumbramento com a música muito próxima do sublime que produzia. O Ururaí teve várias formações durante sua existência mas manteve sempre intacta a sua espinha dorsal formada por Ademar Silva - maestro, violinista e arranjador; Cida Camargo – cantora e professora de canto; Ojana Gouveia – violinista e cantora; Celina Sales – cantora e Marcos Medeiros, Erika Porto, Sueli Rocha e Janete Braga Od Larana, todos percussionistas e cantores. De origem indígena, Ururaí significa Rio dos Lagartos e era nome da aldeia que deu origem ao bairro de São Miguel Paulista”.
Enfim, a apresentação do Grupo Ururaí foi um presente para todos que ali os assistiam, por sua maestria, talento e história.
O sarau deu sequencia com os poetas, que fizeram homenagens e foram homenageados nas suas apresentações, vou destacar aqui dois marcantes poetas, não mais nem menos importantes que os demais, mas pelo impacto que a mim causou por ter um contato maior, são eles Paulino Dhi Andrade e o grande poeta que me encantou desde a sua primeira apresentação que pude assistir, Santiago Dias.
Paulinho Dhi Andrade se apresentou com um poema de sua autoria e o declamou com um entusiasmo que surpreendeu a todos. Foi uma mistura de força, ousadia, orgulho e amor pela escrita, digno de aplausos. Digo isso porque o poeta em questão, na maioria das vezes passa desapercebido pela sua característica sutil e observadora.
Já o poeta Santiago Dias me enche os olhos de alegria e prazer em ouvi-lo, com seu talento e experiência. Com muita humildade demonstra claramente que domina a arte e dessa forma encanta a todos. Sábias e expressivas palavras desperta verdadeiramente a emoção naqueles que o ouvem.
Desta forma o sarau deu sequencia com os músicos, aonde houve a apresentação do casal de artistas plásticos e músicos, Éder Lima e Ligia Regina. Casal este que, como sempre encanta a todos com seu talento e carisma.
Caminhando para a finalização do evento, convidaram para vir a frente Carlos Bacelar. Eu particularmente sou suspeita para tecer qualquer comentário porque o admiro-o tanto quanto pessoa como quanto profissional. De posse do seu violão selecionou em seu repertório riquíssimo músicas que deixaram todos os ouvintes embriagados pela canção. Dono de um talento nato e com arranjos impecáveis, disciplinado, calmo e observador sabe se colocar e alcançar o seu público com uma admirável maestria, e para valorizar ainda mais a situação, o grande músico Éder Lima se colocou a acompanhá-lo com sua flauta. Foi magnífico.
Por fim, outros mestres da música se apresentaram, também com muito talento e domínio da arte.
Não existe a menor possibilidade de finalizar essa nota sem mencionar os participantes do evento, que atentos acompanhavam a tudo com muita atenção e espontaneidade. Outro fato importante para mencionar são os responsáveis pela casa, atentos em recepcionar a todos com excelência e dedicação.

... e assim, fica o meu muito obrigada aos dirigentes da Casa Amarela por nos proporcionar momentos tão significativos de forma sóbria e ponderada.


Texto: Andréia Gomes
Fotos: Sueli Kimura

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