quarta-feira, 19 de março de 2014

o meu amor


meu amor navega
o mar negro do inferno
pântanos coalhados
de almas condenadas
por crimes hediondos

meu amor habita
cortes enferrujados
de facas tetânicas
e gazes infectados
dos lixos das uteís

meu amor trafega
contramãos de rodovias
coaguladas de pedaços
de cães atropelados
rotas de traficantes
de órgãos comprados
na bacia das almas

meu amor escorre
no esgoto de escarros
e latrinas de catarros
dos viciados crônicos
em crack e heroína
em bebidas e cigarros

meu amor mergulha
em sangues de abortos
vazamentos de ácidos
e juras de inocências
de pedófilos e estupradores
diante das suas vítimas

meu amor ejacula
pus escuro e denso
de cotos gangrenados
e tecidos necrosados
de ossos cancerígenos

meu amor clareia
desatinos completos
e chãos de perdas
onde apodrecem fetos

meu amor ilumina
sombra de incertezas
que abrigam desafetos
onde mãos de pedras
despedaçam afetos

akira – 18/03/2014.

aconteceu no 22º sarau da casa amarela (7)


ganhei mais um presente do meu bróder e compadre
éder lima, a quem agradeço comovido o registro e o
afeto. "os cabelos do sol" é um poema de 1977 que
falei domingo passado na casa amarela para lembrar
a nós todos presentes ao evento o medo e a angústia
de viver num regime ditadura militar.

aconteceu no 22º sarau da casa amarela (6)


meu compadre arnaldo afonso promoveu um dos
momentos mais fortes e marcantes do 22º sarau
da casa amarela ao cantar, de sua autoria, uma
comovente canção plena de lirismo e compromisso
com os nossos mais caros ideais libertários. vídeo
de selma sarraf bizon.

aconteceu no 22º sarau da casa amarela (5)



sobre "mosaico de rancores", "fruta" e "sujeito sem
verbo"

penso que foi da maior importância os lançamentos
no sarau da casa amarela de ontem, dos livros dos
escritores marcia barbieri, daniel lopes e fernando
rocha, a saber e na ordem, "mosaico de rancores",
"fruta" e "sujeito sem verbo". da maior importância
não pela qualidade das obras, sinceramente ainda
não li e seria inadequado da minha parte qualquer
comentário sobre, mas deu para perceber pelo
breve e improvisado blablablá que escobar franelas
realizou com cada um deles no evento que marcia,
daniel e fernando defenderam seus filhotes com
desenvoltura e muita inteligência, o que sinaliza
boas leituras para quem adquiriu os livros. mas da
maior importância sim, porque são autores muito
jovens ainda que moram nas quebradas do parque
santa rita, jardim nazaré e são miguel paulista, tudo
aqui pertinho, não que isso configure referência de
qualidade mas no mínimo a sua procedência sinaliza
sacrifícios e dificuldades comuns a toda produção
cultural realizada nas periferias dolorosas. da maior
importância - enfatizo e desejo correrias de sucesso
e muitos leitores mundo afora aos trabalhos de
márcia barbieri, daniel lopes e fernando rocha.

akira - 17/03/2014.

(fotos de sueli kimura e celia yamasaki da silva) 





aconteceu no 22º sarau da casa amarela (4)


compartilho o afeto e a amizade da minha comadre 

selma sarraf bizon que veio ontem ao sarau da casa
amarela e registrou, dentre outras interferências, a
apresentação de célia demézio e tiago araújo, um
marcante momento de um evento que durou mais de
cinco horas e ninguém queria arredar pé e tome
saideira atrás de saideira, chegou uma hora que
tivemos que desligar o som e expulsar todo mundo
da casa. valeu celia demézio, valeu tiago araújo.

aconteceu no 22º sarau da casa amarela (3)



big charlie, meu irmãozinho, obrigado pelo seu
comparecimento ontem na casa amarela apesar
da tristeza das perdas e perrengues que você
passou nos últimos dias. obrigado por vir de tão
longe com dona helenir marçal e ficar do
início ao fim do evento operando a sua temível
maquineta rúbia pra lá e pra cá para registrar
as performances dos músicos e poetas que
passam a fazer parte da história da nossa casa
amarela depois de disponibilizadas. sei que
não é fácil vir de tão longe e eu não lhe dar um
minuto de atenção sequer, a você que é um
dos caras mais importantes do projeto sarau da
casa amarela desde o seu início há uns três
anos atrás, registrando e divulgando os artistas
que aqui se apresentam. obrigado, véio.

"big charlie, meu irmãozinho
por favor, não entre em pânico
não tema, não perca o controle
não tenha piedade de si mesmo
não chore, não me faça chorar
necessito demais do seu sorriso
nessa noite medonha e enorme
pesada demais nos meus ombros

tudo vai ficar bem, big charlie
tudo vai dar certo, meu amigo
acredite, certa vez subi também
degrau por degrau sozinho
a sombria escada do purgatório
e quando me vi completamente
perdido no meio da escuridão
o sol apareceu".

akira - 17/03/2014.

(foto de sueli kimura) 

aconteceu no 22º sarau da casa amarela (2)


compadre zulu de arrebatá, ontem, enquanto você
cantava e relembrava alguns momentos da sua 

história de vida e da sua carreira artística na casa 
amarela, um filme passou na minha frente, como um 
relâmpago veloz e lembrei de uma manhã em 1977 
quando te conheci na vila sinhá, na casa de edvaldo 
e dona judite, que viria a ser minha madrinha de 
casamento e de sueli kimura, e depois daquele dia 
até hoje são cerca de trinta e sete anos de amizade 
e parceria onde construimos juntos uma história e, 
principalmente, o movimento popular de arte - o 
mpa. quero que saiba, meu amigo, que tenho o 
maior orgulho da nossa história juntos e a maior 
honra por ter lutado ombro a ombro com você, 
estes anos todos, o bom combate. obrigado por 
novamente emocionar a nós todos na casa amarela 
ontem.

akira - 17/03/2014.

(foto de sueli kimura)

aconteceu no 22º sarau da casa amarela (1)



compadre sacha arcanjo

sei que você não gosta e até abomina quando digo
que você é farol nas minha noites de tormentas e a
a maior referência cultural, artística e poética que
tenho na minha vida, estrela guia quando fico perdido,
sei, inclusive, que você desdenha e pede que
eu espere que você bata primeiro com as dez para
dizer estas coisas, mas quer você queira ou
não queira, vou repetir estas coisas até a exaustão
enquanto vocês estiver vivo porque quando você
morrer só vai me restar chorar na beiradinha do seu
buraco, véio. obrigado pela sua presença o dia
inteiro na casa amarela, meu compadre.

akira - 17/03/2014.

(foto de celia yamasaki da silva) 

22º sarau da casa amarela, por escobar franelas



Domingo, 16 de março de 2014, por volta das 9 e meia da noite. Enquanto dirijo numa Jacu-Pêssego semivazia, ouvindo Chet Baker na Eldorado FM (107,3), fico assuntando coisas, todo feliz da vida. “Carácolis, o que foi aquilo?”

“Aquilo”, no caso, foi o Sarau da Casa Amarela, do qual acabara de sair. Intenso, improvisado, delicado, caloroso, inflamado, fraternal, retumbante, vários adjetivos poderiam descrever a sensação do ver, ouvir, falar, tocar, cantar, declamar, apresentar-se no palco miúdo da Casa.Nesse caso, contudo, nenhum adjetivo pode ser aplicado impunemente no singular. E nem isolado. Só vale se estiver inserido num contexto maior, que acentue a experiência lúdica, desbravadora, libertadora, lúbrica, da musa Poesia como amante preferencial na tarde&noite de um domingo muito especial.

O sarau teve como convidado desse mês o cantor e compositor Zulu de Arrebatá. O soulman de São Miguel, porém, não estava sozinho para essa empreitada. Akira Yamasaki, o poeta organizador do evento, convidou três petardos literários para ombrear com Zulu a tarefa de ofertar arte de qualidade para o público. Foi assim que fomos apresentados aos escritores Márcia Barbieri, Daniel Lopes e Fernando Rocha, que trouxeram para o evento seus livros mais recentes, “Mosaico de Rancores” (romance), “Fruta” (romance) e “Sujeito sem Verbo” (contos), respectivamente. Depois da abertura cheia de suingue e malemolência, a Casa foi agraciada com as apresentações dos três escritores de S. Miguel. Ficamos todos embriagados logo de cara.

Então o microfone foi franqueado aos poetas e cantadores presentes. Tomei a liberdade de iniciar os trabalhos com uma nota de pesar trazida pelo escritor Paulinho dhi Andrade, que nos informara há pouco da passagem para o outro plano do poeta santista Fernando Troncoso, tornado estrela na madrugada deste domingo.

Feitas as reverências, a Amarela começou a receber as cerejas do bolo. Abri a sessão lendo um poema recente, incompleto e sem título, para então liberar o pequeno palco para o desfile de pérolas do naipe de Santiago Dias, Eder Lima, Arnaldo Rosário, Tâmara (do sarau "O Que Dizem os Umbigos?"), nos visitando pela primeria vez, Paulinho dhi Andrade, Seh M. Pereira, Jocélio Amaro, Malungo, Ligia Regina com Eder Lima e Akira, Arnaldo Afonso (do Sarau da Maria), Tiago Bode e Célia Demézio (Santos), Inácio Fitas (do sarau do Bar do Frango), Silvio Luiz (cantando música de Akira e Assis Freitas), Guilherme Maurelli com Tiago “Bode” Araújo, o garoto Melvin (filho do Punky Além da Lenda) mandando um rap do Gabriel o Pensador; Santiago Dias (bisando), Ivanildo Lima e o grupo Os Kabras de Baquirivú (Xavier no baixo, Ronaldo Ferro no violão, Francisco Américo “Quinho” no carrón) acompanhando José Carlos Guerreiro e depois Pérola Negra.

Em algum momento, não lembro bem exatamente quando, o Akira chamou ao palco para dois dedos de prosa o Tião Soares, lendário militante das questões culturais e sociais, principalmente na zona leste da Sampalândia. Há um prazer quase degustativo em ouvir o Tião falando, que enche-nos de um fervor pela vida e suas belezas, quando discursa. O sarau também presta-se a isso, enxergar arte até num simples recado dado.

Por penúltimo veio Sacha Arcanjo, ladeado por Quinho e Tiago “Bode”, que emocionaram e contagiaram a platéia, que respondeu cantando junto os sucesso do velho baiano. Zulu voltou para o palco para um belo dueto com Sacha, fechando ambos a noite com zíper de ouro.

Quase cinco horas de sarau. E ninguém aparentava cansaço ou fadiga.

Tanto que uma hora depois a Casa Amarela ainda permanecia aberta, e os restantes ainda beliscavam as últimas iguarias da Celinha Yamasaki (destaque para a pasta de berinjela, entre outras petiscarias deslumbrantes), viravam a garrafa térmica no avesso para tirar as últimas gotas de café e compravam as últimas latinhas de cerveja que ainda restavam na geladeira.

Talvez seja por isso que, logo depois, anestesiado pelo jazz que invadia a solidão gostosa no carro, fui transportado para casa, como se estivesse no tapete mágico de Aladim. Pra variar, até a lua cheia me seguia, uivava pra mim.

Tim-tim!

(Escobar Franelas)
 
(fotos de sueli kimura, celia yamasaki da silva e carlos bacelar)
 
 






















dítchan


de algum jeito que não sei como
josé vicente de lima resgatou um
poema que fiz para o meu avô que
nem mesmo eu já lembrava mais.
será de 1977?, 1978? ou 1979?


Dítchan

A fumaça do teu cigarro
Ainda me arde nas narinas
Ainda brilham no teu sorriso
Os dentes podres de nicotina

Ouço ainda no meio da noite
Tua tosse que nunca termina
Se embebedam mariposas
De querosene das lamparinas

Que aflição no peito
O catarro
Um filete de sangue
No escarro

Akira Yamasaki.

dedo mole (3)



encontrei dedo mole
ainda há pouco na padaria
ele já tinha tomado
umas marias moles a mais
e arrotava valentia
dizendo que fazia mesmo
e que também acontecia

mas de repente na porta
do estabelecimento apareceu
com as duas mãos na cintura
uma baixinha dessa estatura
que cheia das razões fortaleceu:
- dedo mole, deixa de baitolagem
para com esse cinema
porque o oscar já aconteceu
e o seu teatro de terceira
simplesmente já me encheu

o olhar de dedo mole
gelado que nem aço parou
em algum ponto do infinito
e parou na sua garganta
ardente que nem fogo
a bola de raiva do seu grito

uma lágrima, um silencio
mãos trêmulas, último gole
pés inchados, atrás da mulher
manquitolou o dedo mole

akira – 13/03/2014.

2º dia de férias


2º dia de férias
tomo uma cerveja
mais uma cerveja
e uma cachaça de alambique
pra quebrar o gelo

depois almoço
e durmo a tarde inteira
como uma pedra

depois acordo
e estresso geral pensando
no dia do retorno

quer saber?
acho que vou convidar
sueli kimura para assistir
trezentos e comer uma pipoca
no cinema do sonda

akira - 12/03/2014.

jardim de hideko, por carlos moreira


eu e sueli kimura ganhamos um presente
emocionante de nayara almeida e carlos
moreira, tipo moeda sem troca ou algo que
nunca poderemos retribuir. resta-nos em
nossas preces, após cumpridos os 49 dias
rituais, pedir que o kami de hideko vá morar
alguns dias por ano no jardim de carlos e
nayara.



do jardim de hideko
eu trouxe a muda
(silenciosa)
da cerejeira

(que não vingou)

mas em nós
(nos nós
de nossos nós)

florescem outonos
de infinitas sakuras





carlos moreira 

21º sarau da casa amarela, por manogon


segunda-feira, 10 de março de 2014

miyuki (19)


metade de mim é katá
a outra metade se cata

metade de mim é mansa
há uma metade que luta

metade de mim é fera
a outra é ato e conduta

metade de mim adoça
uma outra metade late

metade de mim resiste
e outra metade delata

há a metade que reza
e outra, cega, combate

se uma metade se rebela
a outra silencia e acata

só a metade que te ama
em outra não se desata

akira – 10/03/2014.

sussurros da noite - loucuras & sonhos, de sidney leal



sábado passado - 08/03/2014, no lançamento do
livro "sussurros da noite - loucuras & sonhos", do
meu compadre sidney leal, em suzano - sp. não
li o livro ainda mas recomendo a todas as minhas
comadres e meus compadres porque indicado foi
por ademiro alves, e uma indicação do sacolinha
é garantia de procedência e qualidade. desejo
muito sucesso e longa carreira de sustos ao livro
de sidney leal. ( foto de francis gomes).
 
 

passos noturnos


amigo, atenção
não é imaginação

ouço novamente
passos noturnos
passos pesados
de botas e coturnos

akira - 09/03/2014.

riacho


aquele riacho simples
que tínhamos ali
alegria calma e líquida
nunca mais senti

todas as noites choro
a violenta e urgente
alegria daqui

akira – 09/03/2013.

yoshio


clara evidência e aviso
que os prazos de validades
estão vencendo um a um
yoshio infartou ontem
e vai ter que colocar
três pontes de safena

desconfio que seja assim
porque dos oito irmãos
sete deles no brasil
e um dekassegui no japão
ele é o único que carrega
em suas mãos uma dádiva
que também é um castigo:
- o sol da generosidade

akira - 07/03/2014

flor


toda flor trama
preservar a espécie
vale tudo na cama
armas e armadilhas
guerra convencional
guerra de guerrilhas

promessas de céus
estrelas cadentes
ai, paixões ardentes
e ai, cheiros de cios
ai, pétalas de mel
ai, ai, lábios macios

akira – 08/03/2014.

miko (2)


marido morto de repente
quatro filhos pequenos
uma máquina de costura
mas sempre no riso pleno
um sol modesto e sereno

akira – 07/03/2014.

sumi-ê, de nydia boneetti



depois de ler sumi-ê, de nydia bonetti, decidi nunca
mais escrever a palavra flor porque minhas mãos
viraram pedras e tornaram-se indignas dessa tarefa
além de também perder esse direito para sempre.
e tem mais, estou quase concluindo também pela
eliminação de outras palavras do meu repertório
como pássaro, rio, vento, sol, cor, canção, e aliás,
devo suprimir todas as palavras do meu dicionário
para não correr o risco de escrevê-las porque em
minhas mãos de pedra elas já não fazem sentido
depois que li sumi-ê.

akira - 07/03/2014.
 

quinta-feira, 6 de março de 2014

dedo mole (2)


quando consegui perceber
na segunda de carnaval
às dez e meia da manhã
dedo mole já estava sentado
no banco ao meu lado
na padaria rainha do oliveiras
muito louco ele me disse:

- japa, pode ser
uma maria mole?

três marias moles depois
três coxinhas de frango
três lingüiças com cebola
e três itaipavas geladas depois
ele se ofereceu antes de partir
e se perder na manhã sem fim:

- japa, meu bom
sei que não iremos juntos
mas se algum maluco, pá
e se você quiser, pá
eu zero o maluco, pá

akira – 04/03/2014.

21º sarau da casa amarela, com zulu de arrebatá


zulu de arrebatá também está confirmado
no 21º SARAU DA CASA AMARELA

zulu de arrebatá dispensa maiores apresentações. além
de poeta, compositor e cantor do naipe dos baitas, zulu
é figura importantíssima na criação e construção do
mpa – movimento popular de arte, grupo cultural que
atuou na região de são miguel paulista no período de
1978 a 1986, e deu início a uma revolução cultural na
cidade ao dar voz, expressão e palco à arte produzida
nas quebradas e periferias de sampa, colocando-a no
epicentro das discussões. mesmo com o término das
atividades do mpa é rico e extenso o currículo de ações
e projetos culturais que zulu de arrebata promove até
hoje na zona leste de sampa, ajudando no crescimento
e desenvolvimento da sua arte e cultura. quanto ao
grande artista e criador é bom ler com atenção o que
escreve sobre ele o mestre escobar franelas: "herdeiro
de uma tradição brasileira que remonta a carlos dafé,
jorge benjor, sandra de sá e bebeto, entre outros, zulu
de arrebatá é um autêntico soulman. com sua voz leve
e aveludada, onde confluem a música negra brasileira e
a bossa nova, zulu é um dos maiores orgulhos musicais
de são miguel paulista". comadres e compadres, posso
garantir que o 21º sarau da casa amarela com zulu de
arrebatá será o mais imperdível de todos e por isso
peço que divulguem, compartilhem e não deixem de
comparecer.

data: 16/03/2014 – domingo
horário: 15h
local: casa amarela espaço cultural
rua julião pereira machado, 07
são miguel paulista – são paulo
(rua do colégio hugo takahashi
próximo à sabesp) 

21º sarau da casa amarela, com daniel lopes

21º SARAU DA CASA AMARELA
o escritor daniel lopes também está confirmado

(a verdade é uma fruta vermelha e todas as
filosofias nunca foram mais que a ausência
de cor - daniel lopes)

daniel lopes é paulistano, mestrando em filosofia na
unifesp e escritor. tem 36 anos de idade e é mais um
escritor que mora no itaim paulista, no parque santa
rita, para ser mais exato. apesar de menino ainda já
tem textos publicados em diversos sites e revistas
literárias como cronópios, musa rara, o bule, letras,
musa calíope e polichinello. em 2008 publicou o
romance “é preciso ter um caos dentro de si para
criar uma estrela que dança”, em 2011, a coletânea
de contos “pianista boxeador “, e o romance “fruta”,
em 2013. comadres e compadres, saibam todos que
no dia 16/03/2014 - domingo, daniel lopes estará no
21º sarau da casa amarela como convidado especial
para conversar um pouco sobre sua vida e carreira
literária e para lançar “fruta”, seu último romance.
peço a todos que divulguem, compartilhem e não
deixem de comparecer a este programa imperdível
que ainda terá como convidados o compositor e
cantor zulú de arrebatá, além dos escritores márcia
barbieri e fernando rocha.

data: 16/03/2014 – domingo
horário: 15h
local: casa amarela espaço cultural
rua julião pereira machado, 07
são miguel paulista – são paulo
(rua do colégio hugo takahashi
próximo à sabesp)

rimas pobres, com lígia regina


não consegui chegar ao sopa de letrinhas ontem,
um grande toró me pegou de jeito lá embaixo na
teodoro e, imaginem um veinho de 61 anos numa
noite de sábado de carnaval em sampa ensopado
até os ossos. voltei chorando do meio do caminho,
minhas lágrimas se misturando com os pingos da
chuva. não fui ao sopa mas ainda bem que estive
lá como comprova o vídeo de selma sarraf bizon,
minha doce e querida comadre, que registrou
minha presença em companhia de lígia regina e 

éder lima para todo o sempre.

akira - 02/03/2014.

rimas pobres

música: éder lima
letra: akira yamasaki
voz: lígia regina
vídeo: selma sarraf bizon



quantas palavras
cabem numa canção?
quantas rimas
terminadas em ão?
quantas graças
comporta uma oração?
estrelas na noite
me diz, quantas são?

quantos sonhos
cabem num coração?
talvez nenhum
talvez sim, talvez não
se ele não conheceu
a dúvida e a solidão
e se a fé não o fez
incapaz do perdão

akira – 26/06/2011.

miyuki (18)


você é o meu inferno
meu paraíso também
de prazer e dor

sei que você mora
no ponto cego e mudo
do meu retrovisor

akira – 02/03/2014.

21º sarau da casa amarela, com fernando rocha

confirmado:  fernando rocha estará no
21º SARAU DA CASA AMARELA

fernando rocha, 32 anos de idade, é paulistano, professor
e escritor. ele mora pertinho da minha casa, ali no jardim
nazaré e tem textos publicados em várias revistas literárias.
sobre si ele diz que “acho que sou mais um escritor que
falhou mas não desistiu de tentar escrever o silêncio”. por
isso publicou no final do ano passado o livro de contos
“sujeito sem verbo” pela editora confraria do vento, livro
que será lançado no 21º sarau da casa amarela, no dia
16/03/2014 – domingo. confesso, a bem da verdade, que
não conheço fernando rocha pessoalmente nem li o seu
“sujeito sem verbo”, mas ele veio recomendado por
minha comadre márcia barbieri, o que considero garantia
de procedência e qualidade. comadres e compadres,
agendem, divulguem, compartilhem e não deixem de
comparecer.

pássaro cigano

Pássaro Cigano é uma canção que data de 1979 e foi
composta por Edvaldo Santana e Akira Yamasaki tendo
sido gravada em 1984 por Lígia Regina no lendário
disco do MPA - Movimento Popular de Arte de São
Miguel Paulista. A presente gravação é do Livro/CD
BENTEVI, ITAIM, de Akira Yamasaki, produzido pelo
IPEDESH e Casa de Farinha. Os arranjos desta
gravação são de Mizinho de Carvalho e este clipe foi
editado por Cieila Nogueira.

Akira - 28/02/2014.

Pássaro cigano

Música: Edvaldo Santana
Letra: Akira Yamasaki
Voz: Silvio de Araújo
Arranjos: Mizinho de Carvalho

21º sarau da casa amarela, com márcia barbieri


extra! extra!: confirmada a presença de marcia
barbieri no 21º SARAU DA CASA AMARELA
 
márcia barbieri é paulista, mestranda em filosofia
na unifesp e formada em letras pela unesp. um
dos mais brilhantes talentos da novíssima geração
de escritores brasileiros, marcia mora em são miguel
paulista e tem textos publicados nas principais
revistas literárias da atualidade e participou de
algumas antologias. já publicou dois livros de contos,
anéis de saturno (2009) e as mãos mirradas de deus
(2011), e um romance, mosaico de rancores (2013),
que será lançado no 21º sarau da casa amarela, no
dia 16/03/2014 – domingo, onde é um dos convidados
especiais. comadres e compadres, márcia barbieri é
uma escritora da raça dos baitas e este é só mais um
motivo para ninguém perder este sarau/celebração da
alegria, da amizade e da arte.

akira - 27/02/2014.