domingo, 2 de junho de 2013

Severino

severino

a pinga do arnaldo
orvalha dedos de prosa
no sarau à luz de velas
na casa amarela

mãos inchadas
olhos pesados
língua grossa e flácida
no jogral com escobar

elástica boca de sapo
sonho espesso de coágulos
e embargos ressequidos
versos de severinos massacres
à luz de velas
rios e tardes acima

noite adentro pergunto à lua
quando foi que quarto crescente
me perdi para sempre
dentro dos seus olhos?

a cachaça do arnaldo
lígio e regino cântico
apaga roncos de motosserras
na noite da casa amarela

akira – 28/05/2013.



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