segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Na cesta de Sacha, por Cláudio Gomes


Na cesta de Sacha

No sarau da casa amarela, Akira arranjou uma sexta para Sacha contar as razões e emoções que os destinos colocaram na arte que faz da vida e na vida que faz da arte.  Deliciosamente nos embalou com  seus artigos de primeira necessidade. Sim, depois que você  o conhece, ouve, lê e vê  bem dentro dos olhos dele cantando, não pode imaginar mais a própria vida, a emoção, seu próprio ritmo sem continuar ouvindo o Mestre sempre, para religar a alma à Natureza Superior.
Fiz da arte minha religião. Escolhi alguns sacerdotes para me ligar às estrelas. Sacha é um desses, que não sai da minha tenda de orações. No sarau da casa amarela isso mais uma vez ficou provado.
Foi uma sessão de  emoções. A flor da pele instalou-se nos bons que ali foram receber  as sutras sertanejas de Sacha Arcanjo. Não cantou "Água clara de cascata" nem a " Última fome". E ainda assim o cidadão-cantante trovou mais uma vez meu coração e minha mente. E se engulimos algumas lágrimas, foi apenas para lubrificar a garganta e desembargar a voz. 
Cláudio Gomes – 09/10/2011.

2 comentários:

  1. Amém a Akira, Sacha, Claudio... e tant´outros irmãos de letras e outros testamentos artísticos.

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