quinta-feira, 18 de março de 2010

Ainda sobre a dez

o dez deles
só tinha pose de dez
não passava de um engana-tiziu
pena que só descobrimos
quando o jogo já estava
tres a zero pra eles

o dez deles
na verdade era o sete
um sarará magrelo em cujo sorriso
faltam alguns dentes

com seus pés franzinos
ele desperta espantos e fantasias
dribles e destinos inesperados.

Akira.
18/03/2010.

Um comentário:

  1. Maravilha de texto! As letras estão dançando o samba do poema, no bamboleio extrínseco do futebol. Parece um Obina tresloucado em tarde fulgurante de domingo.

    A propósito, levei uma proposta ao Sacha de uma mostra expositva de poemas/artes plásticas/futebol na Of. Cult. LG, dentro do contexto do que já havia comentado contigo (ano de Copa do Mundo, essas coisas, etc & tal).

    Vamos ver se tem retorno...
    Recuperou-se? Já está em férias?

    Há braços,
    Escobar Franelas

    Akira,

    o dez deles na verdade deve ser o "dez" do palmeiras, pois não passa de enganação.

    Abraço e parabéns.

    Antonio Marcio – MTO

    Salve, Akira, bom dia

    Leio frequentemente seu blog, como ja comentei antes, e tenho notado que fico ancioso pelas atualizações dele. Cada nova atualização sou apresentado a poetas magnificos, que nem de longe eu saberia da existencia deles, Tais como Raberuan, Sacha, Andre Marques, Tiago Araujo, além do Cleston Teixiera, e voce claro. Parabéns.

    abraços a todos

    Carlos Alberto Rodrigues

    Meu caro poeta,

    A sua poesia é dez.
    Onze seria se fosse soma
    Maior ainda com lucidez.
    A tez que descreve
    É mesmo de sarará:
    A cor da pele e do número atribuído.
    Grande abraço

    Tião Soares

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